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NOVO ANO CHINÊS - 己巳

8naturalinfinito

No dia 29 de janeiro é o início do novo ano chinês 2025, SI (Serpente) de árvore yin e em fevereiro o ano 2 do KI das nove estrelas (Ki9*).


Pensamento linear é ocidental, o oriental é circular, espirálico ou fractal, o todo que contém o um, e o um que é igual ao todo. O meu pode estar certo e o de outro também, um não invalida o outro, deve ser por isso que sempre gostei de brainstorming.


No Feng Shui (vento e água), o eterno movimento Yin/Yang, plantas, animais, na vida e nas coisas, na impermanência da permanência, onde tudo muda eternamente.


Como exemplo, encontrei várias datas para a “entrada de um novo ano”:

Solstício - quando os dias recomeçam a crescer em termos de horas de luz;

Solar - dia 1 de janeiro do calendário ocidental;

Ki9* que começa a 4 de fevereiro;

Lunar - 2ª lua nova após solstício de inverno, novo ano chinês festejado popularmente;

Quando as plantas começam a despontar e os primeiros rebentos começam a aparecer na terra ou nas árvores, e deve haver mais por aí...


Não sei bem por que coincidência, que não as há, lembrei-me também de rever o filme "Panda do Kung Fu".


Em conversa com a minha filha, que revisitou uma série de comédia que tinha visto quando miúda, comentava comigo “agora percebo muitas coisas que não me apercebi na altura”, ou, como um amigo numa formação dizia “o meu filho é muito infantil, vê filmes de desenhos animados” ao que lhe respondi “eu tenho uma certa idade e também gosto muito de os ver”. É que apesar de serem “desenhos animados” têm muita sabedoria integrada para quem está mais desperto ou atento e não se limita a ver apenas os desenhos, animados.


Revisitar traz-me a sensação de “olha… na outra vez não ou(vi) isto!?”, gosto de ir às bases, ir ao princípio do simples, em que me sinto mais leve/limpa/vazia para dar espaço ao receber.


Com esta linha de pensamento no fractal lembrei-me de um dos textos dos Alcoólicos Anónimos: “… concede-me a serenidade para aceitar aquilo que não posso mudar, a coragem para mudar o que me for possível e a sabedoria para saber discernir entre as duas” (faz parte da Oração da Serenidade) e associei a algumas cenas do filme que, a meu ver, se entrecruzam e intrincam umas nas outras.


Com a Serenidade para aceitar o que não posso mudar, a mente calma e clara como água dá a Coragem para mudar aquilo que posso, hoje, que é o presente, e perceber com Sabedoria e discernimento quando, sem ilusão de controlo, aceitar uma situação ou quando confrontá-la.


No início pode ser em esforço, depois com trabalho chega-se à mestria, como a lágrima que turva a visão é a mesma que lava a alma ou o aperto na garganta é o que liberta o espírito…. como o fazer com parcimónia se chega a uma possível recompensa “místico e kungfuoso”!


Há coisas que não me cabe ou consigo mudar, há outras que posso. Neste pressuposto fico no presente e deixo o passado e o futuro em paz, foco-me na solução e não no problema, deixando que o stress do passado/futuro percam “força” e me libertem, só assim poderei receber o presente que cada dia é, com visão, sabedoria e fé.


Usando do pensamento fractal perante um mesmo facto sei que há vários pontos de vista certos, pode ser dentro ou fora da caixa, tudo vale!


(foto FCB_Lisboa - 2021)


como sempre assino, MJL


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