Qual alimento?
O preto ou o branco, o micro ou macro, o novo ou o velho, a criança ou a anciã, a luz ou a sombra, o yin ou o yang?
Numa aula ouvi uma história sobre a semelhança e a diferença de uma vela ao sol ou numa sala às escuras.
Eu (re)conto-a assim:
Era vez…. uma Luzinha que vivia ao sol numa praia soalheira, que se deleitava com o calor, com a luz do astro rei no céu e não se sentia brilhar perdida que estava com tanta luminosidade. Até que, de repente, numa noite nublada de lua negra, a Luzinha iluminou todos os cantos e percebeu que tinha brilho próprio, único, que iluminava o mundo e que no macro cosmos o sol também é uma luzinha.

(foto MJL - 2021)
O que um pequeno pormenor pode trazer, a diferença, todos fazemos parte do todo e todos somos necessários, seja no dia ou na noite.
“Less is more” mas às vezes “more is more”, dar significância ao insignificante e ver significados em tudo.
De manhã ouvi esta música no meu interior escuro da madrugada e escutei-a à luz da sombra, (re)signifiquei as palavras perante este contexto.
Às vezes no silêncio da noite
Eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordado
Juntando o antes, o agora e o depois
Por que você me deixa tão solto?
Por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinho
Não sou nem quero ser o seu dono
É que um carinho às vezes cai bem
Eu tenho os meus desejos e planos secretos
Só abro pra você, mais ninguém
Por que você me esquece e some?
E se eu me interessar por alguém?
E se ela de repente me ganha?
Quando a gente gosta
É claro que a gente cuida
Fala que me ama
Só que é da boca pra fora
Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?
(Caetano Veloso)
E qual alimento?
Alimento toda a alcateia, o lobo que traz água no bico, pois um lobo alimentado é um lobo satisfeito e uma natureza alimentada é pura.
Tic-tic take a drop of water…
como sempre assino, MJL
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